A Oxfam Brasil repudia veementemente o comportamento vil e inumano dessas pessoas, ainda mais na situação em que ocorreu, num momento de tragédia e total fragilidade no Haiti por conta de um violento terremoto que matou mais de 200 mil pessoas, deixou 300 mil feridos e destruiu boa parte do país.
Naquela ocasião, assim que tomou conhecimento das graves acusações, a Oxfam Grã-Bretanha informou que deu início a uma investigação interna para identificar e punir os envolvidos. Isso foi anunciado publicamente no dia 5 de agosto de 2011 – inclusive para a imprensa. Um mês depois, foi publicado o resultado da investigação. Quatro membros da equipe da Oxfam Grã-Bretanha no Haiti foram demitidos e outros dois, incluindo o diretor da organização no país, renunciaram a seus cargos antes do fim das investigações.
Durante o processo, a Oxfam Grã-Bretanha manteve o Conselho da organização (Trustees), a Comissão de Agências Humanitárias (Charity Commission) do governo inglês e o Departamento para Desenvolvimento Internacional (Departament for International Development, DFID), também daquele governo devidamente informados.
Essa difícil situação também fez com que a Oxfam, em seu conjunto, revisasse suas políticas e criasse uma Equipe Especial de Salvaguarda e uma linha segura para denúncias anônimas e confidenciais. Essas medidas são parte do pacote que a confederação Oxfam tem hoje para evitar que casos aviltantes como esse de abuso sexual voltem a acontecer.
A Oxfam Brasil nunca atuou no Haiti e não esteve envolvida no ocorrido. A Oxfam Brasil reafirma seu compromisso com valores humanitários e de respeito a todas e todos, especialmente aquelas pessoas que estão em situação de risco e vulnerabilidade. Somos intransigentes na defesa dos direitos das mulheres, valor que faz parte da nossa própria identidade. Estamos e estaremos sempre exigindo atuação contundente e transparente em casos de abuso como este do Haiti.